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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Gregório José



Apertando os laços
 
Gregório José
 
A nossa vida é como se fosse um carretel enorme de um único fio, mas que nos aponta diversos caminhos, situações e decisões. Para cada momento em nossas vidas, rompemos uma parte e atamos a um período. Na infância aos nossos pais, avõs, parentes. Cada um que cruza os nossos caminhos recebe uma ponta e seguem suas sinas. A babá, os professores, os amigos da primeira infância. O pediatra que sempre nos acolhe e conhece. O padre, o pastor o guia espiritual. Todos recebem uma ponta deste fio. O primeiro emprego, o primeiro patrão, os colegas de jornada. O primeiro encontro amoroso, a família, os filhos. Os parentes do parceiro, enfim, em cada ponta de nosso novelo há um momento especial. Nossos laços são mais firmes que nós apertados, aqueles que se desfizeram por algum motivo, nunca se amarraram a nós, porque somos feito carretel de linha, quanto mais giramos, mais costuramos em nós nossos afetos. Somos qual colcha de retalhos, remendados de pessoas coloridas, diferentes e lindas. Algumas nos rasgam a todo o momento, mas um ponto aqui, outro ali, nos refazemos. O problema é que, a cada retoque, somos espetados pelos alfinetes e agulhas da maldade, do desamor, da destemperança. Usemos o dedal do amor fraterno para que ao sermos feridos, não nos torne imprestáveis. Blindemos em nossa armadura o amor de Deus, espelhado em Cristo. Se conseguirmos alcançar esta ventura, nossa linha eterna perdurará por vários séculos no universo.
 
Radialista e Jornalista
 
Gregório José - 8817-8845