Somos Todos Uberlândia faz primeira reunião e apresenta meta para o projeto 2020
A 1ª Reunião do Movimento Somos Todos Uberlândia foi realizada nesta quinta-feira (22) e os convidados tomaram conhecimento dos primeiros pontos que serão o alicerce deste grupo, que prevê nos próximos 12 meses levantar todas as necessidades da comunidade, os problemas do município e uma maneira eficiente de gestão do dinheiro público. Até o final de 2019 um nome, que não pertence a este grupo, deverá ser escolhido para ser candidato a prefeito de Uberlândia em 2020 e se vencer as eleições, implantar no município o projeto que começa a ser elaborado.
Algumas metas foram apresentadas e constam neste projeto, inclusive com números atuais do município de Uberlândia. “Vamos reduzir em 80 por cento os cargos de confiança, proporcionando em todo o novo mandato uma economia de cerca de 300 milhões de reais”, afirmou o líder do movimento Somos Todos Uberlândia, Odomires Mendes de Paula. “Algumas secretarias vão perder este status e serem incorporadas a outras. O secretário (a) de educação será escolhido através de concurso público, como os servidores”, acrescentou.
A área da educação será uma das prioridades deste projeto, por acreditar é a mola mestra para uma mudança profunda da população. “Teremos uma atenção total na primeira infância, escolas em tempo integral. Vamos ser modelo em escolas para o Brasil”, prevê Odomires.
Entre outros assuntos apresentados é uma administração empresarial para a prefeitura e avaliar locação de veículos para servir às secretarias. “E uma das metas do nosso projeto que não vamos abrir mão é criar a secretaria da Micro e Pequena empresa, que são responsáveis por 80 por cento dos empregos gerados em Uberlândia, em Minas e no Brasil e não são respeitadas. Vamos transferir a sala do micro e pequeno empreendedor, que hoje funciona na Junta Comercial e que foi criada por idéia nossa, para a Prefeitura. Lá o empresário vai tratar de todos os assuntos que precisa sem burocracia”, revelou Odomires. “É inadmissível Uberlândia perder 45 posições na relação das cidades e melhor investimento do Brasil”, frisou. “Nós temos que estar entre as 20 melhores e hoje estamos entre as 65”, disse ainda.
O empresário Paulo Romes destacou que o movimento vai atrair muita gente porque a população anseia por mudanças nas administrações públicas e um projeto consistente será elaborado. “Cada um dá sua contribuição e vamos construir o que Uberlândia precisa. Ai este projeto será forte”, disse.
O coordenador do Movimento Maipo, José Amaral Neto apoia o movimento e aponta um dos caminhos por onde começar. “É preciso que todos entendam o orçamento municipal. Como funciona? Às vezes ha um secretário muito bem intencionado mas como o prefeito e a Câmara mexem no orçamento, acabam impedindo ele de trabalhar. Esse assunto é seríssimo. Então vamos entender como funciona”, disse.
Amaral também destacou dois outros assuntos: “Um município igual Uberlândia que tem um orçamento de 2,5 bi por ano, como é que pode ficar dependente do Estado em uma dívida de pouco mais de 100 milhões? Sobre os servidores disse que eles são subaproveitados e precisam ser profissionalizados e treinados”, acrescentou.
O presidente da Icasu, Antônio Naves comparou o início do Movimento Somos Todos Uberlândia à criação da instituição há 50 anos. “Foi criada através de uma necessidade de suprir momento de miséria em parte da população na cidade. Trabalhamos muito mas hoje é um exemplo a Icasu, por onde já passaram cerca de 40 mil jovens em cursos de formação, hoje lavamos 8 toneladas de roupas hospitalares por dia e arrecadamos cerca de R$ 130 mil por mês no sistema zona azul, que são revertidos para a compra de medicamentos para a comunidade”, lembrou. “E este movimento vai precisar de muita persistência, mas será a melhor opção para a cidade de Uberlândia que é privilegiada em tudo. Então façamos o melhor para que tudo dê certo”, acrescentou.
A ex-vereadora Fátima Paiva apoia o movimento e falou também sobre o orçamento do município. “É uma coisa muito séria e tem que ser melhor discutido o orçamento. Outro ponto é que impostos precisam ser revistos”, disse.
O administrador de empresas e consultor de investimentos, Cloves Nascimento afirmou que as metas também devem atingir a Câmara Municipal. “A política tem que deixar de politicagem e viver mais uma gestão empresarial. Vereadores precisam exercer suas funções, que é principalmente de fiscalizar”, afirmou. “Quando é que se vê um vereador fiscalizando o trabalho nas escolas? Ou nas UAI´S?” acrescentou. Outro ponto quanto ao Legislativo é o custo que hoje tem para a população de Uberlândia. “Cada gabinete custa ai cerca de 200 mil reais por mês. São cerca de 5 milhões por ano. A proposta é cortar isso pelo menos pela metade”, comentou.
A próxima reunião será realizada ainda este ano, na primeira quinzena do mês de dezembro.
Contato
Odomires Mendes de Paula
99776-9111
3235-3923
Charles Diniz
Jornalista
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