PMU faz levantamento para recuperar áreas afetadas pelo temporal
Para recuperar as áreas e equipamentos públicos danificados pelo temporal que caiu sobre Uberlândia na semana passada, a Prefeitura precisará investir mais de R$ 9,7 milhões. O prefeito Gilmar Machado concedeu uma entrevista coletiva à imprensa nesta segunda-feira (3) para apresentar um levantamento dos estragos causados pela forte chuva que assolou o município na última quarta-feira.
A precipitação de 120 milímetros foi um recorde para o mês de maio em Uberlândia. O índice é três vezes maior do que o previsto para todo o mês. Desde 1995 não havia um temporal similar; à época foi registrada uma precipitação de 115 milímetros. O município não pode decretar emergência (para conseguir maior apoio financeiro da União e do Estado na reconstrução), pois o prejuízo foi inferior a 2,7% do orçamento (equivalente a R$ 24 milhões). Mas as ações de recuperação serão emergenciais, de acordo com Gilmar Machado.
Os bairros mais afetados foram Dona Zulmira, Roosevelt, Maravilha, Daniel Fonseca, Martins e Tibery e, apesar da quantidade de destelhamentos, quedas de árvores, quedas de muros, inundações e alagamentos, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) ressaltou a importância de não ter havido vítimas graves nem fatais em decorrência da intempérie. Toda a equipe de secretários saiu às ruas para avaliar a situação e tomar as devidas providências. “O mais importante é cuidar das famílias afetadas pelo temporal e recuperar as áreas afetadas”, afirmou o prefeito.
Todas as vias danificadas, como as avenidas Rondon Pacheco, Mississipi e Aspirante Mega serão recuperadas para dar trafegabilidade aos condutores que utilizam as pistas. Em solidariedade, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) vai assumir a reconstrução de trechos das avenidas Professora Minervina Cândida de Oliveira e Paulo Roberto Cunha Santos. Estima-se que a obra dessas duas vias custe em torno de R$ 2 milhões.
As 32 escolas que sofreram avaria não tiveram as aulas prejudicadas. O mesmo aconteceu com unidades de saúde. Aquelas que foram afetadas não precisaram interromper o atendimento. O temporal ainda prejudicou 160 residências. As famílias estão amparadas pelo poder público que iniciou uma campanha para doação de alimentos, utensílios domésticos, materiais de construção e roupas. Até o momento, mais de duas toneladas desses itens foram coletadas. “A última semana foi de consolidação. O Plano de Emergência Pluviométrica (PEP) funciona e as secretarias estão integradas com as outras instituições”, disse Flávia Carvalho, coordenadora da Defesa Civil e secretária municipal Antidrogas e de Defesa Social.
Ainda nesta terça-feira (4), o prefeito Gilmar Machado irá a Brasília para viabilizar ajuda junto aos Ministérios. Além das obras paliativas e de recuperação, a prefeitura vai fazer um estudo para investir em novos projetos de ampliação da drenagem e escoamento nas vias mais prejudicadas. O mesmo será feito no Teatro Municipal, que vai custar ao menos R$ 420 mil devido às inundações da última semana.
Para evitar novos desastres com o aumento do perímetro urbano, o prefeito determinou que os próximos investimentos devem iniciar suas construções juntamente com as áreas verdes para ampliar a capacidade de permeabilização do solo e reduzir a quantidade de acúmulo de águas pluviais. Outra ação imediata será a fiscalização dos imóveis situados à avenida Rondon Pacheco para inibir ligações irregulares de esgoto nas redes de drenagem pluvial. Em casos de chuva intensa, o sistema fica entupido e começa a jorrar o esgoto na pista.
Custos de recuperação
à Instalações públicas de saúde: R$ 850 mil
à Instalações públicas de ensino: R$ 1,1 milhão
à Instalações públicas de uso comunitário: R$ 422 mil
à Unidades habitacionais de população de baixa-renda: R$ 480 mil
à Obras de infraestrutura pública: R$ 4,8 milhões
à Esgotos: R$ 31 mil
à Limpeza urbana: R$ 278 mil
à Transportes locais, regionais e de longo curso: R$ 1,7 milhão
à Segurança pública: R$ 38 mil
Fillipe Alves
Gabinete
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